Panorama Social da América Latina e do Caribe 2022: A transformação da educação como base para o desenvolvimento sustentável. Resumo executivo

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Panorama Social da América Latina e do Caribe 2022: A transformação da educação como base para o desenvolvimento sustentável. Resumo executivo

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Esta edição do Panorama Social da América Latina e do Caribe, correspondente a 2022 da série anual publicada pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), aborda como tema central a educação e seu lugar no debate das políticas para a recuperação na região. Embora desde 2015 se observasse na região uma deterioração nos níveis de bem-estar, estagnação nos avanços do desempenho educacional e leve aumento da pobreza, a pandemia de COVID-19 gerou uma crise social significativa que se prolonga pelo terceiro ano. Apesar de se esperar o fim da pandemia, a região não conseguiu avançar para uma recuperação após seus impactos sociais e retornar aos níveis de 2019 anteriores ao início da pandemia. A região continuou exposta a um instável cenário geopolítico e econômico mundial marcado por uma conjunção de crises sucessivas, em particular pela guerra na Ucrânia. Este cenário levou a uma desaceleração do crescimento econômico e a uma lenta geração de empregos, sobretudo os de qualidade, junto com fortes pressões inflacionárias que decantaram no aumento dos preços dos alimentos e da energia e quedas importantes do investimento. Assim, após a expansão de 6,5% do PIB na região em 2021, a estimativa de crescimento da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) em 2022 é de 3,2% do PIB e se projeta que em 2023 alcance somente 1,4% (CEPAL, 2022h). A elevada inflação, especialmente no componente alimentar da cesta de consumo, afeta com maior intensidade os quintis de menor renda, com impactos também nos estratos de renda média mais vulneráveis. Estes fatores somam-se a outros riscos, como o aumento na frequência de desastres e os impactos da emergência climática. Este contexto pode levar a região a um novo retrocesso em seu desenvolvimento social e a um cenário de instabilidade nos planos social, econômico e político. É, portanto, urgente consolidar políticas sociais inclusivas para proteger e garantir o bem-estar da população e o exercício de seus direitos.

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Introdução .-- A. A região enfrenta uma crise social prolongada e agravada por um contexto de incerteza no terceiro ano de pandemia .-- B. Uma crise silenciosa na educação que afeta as novas gerações e aprofunda as desigualdades prévias .-- C. A região não consegue reduzir a pobreza extrema e a pobreza aos níveis registrados antes da pandemia .-- D. Apesar do esperado fim da pandemia, a crise social continua e os desafios relacionados à saúde se intensificam .-- E. Os desafios de um mercado de trabalho que apresenta um alto nível de informalidade e gera e aprofunda desigualdades .-- F. Desigualdades de gênero nas trajetórias educacionais e profissionais G. A crise educacional abre oportunidades para abordar os problemas estruturais da educação H. O papel da institucionalidade social frente à crise social prolongada .-- I. Investimento social para avançar num desenvolvimento social inclusivo .-- J. Investir em educação é investir nas pessoas, no desenvolvimento inclusivo e na capacidade de adaptação à mudança K. Avançar em direção a sistemas de proteção social universais, integrais, sustentáveis e resilientes .-- L. Apresentação e resumo das principais mensagens dos capítulos.

Resumen
Esta edição do Panorama Social da América Latina e do Caribe, correspondente a 2022 da série anual publicada pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), aborda como tema central a educação e seu lugar no debate das políticas para a recuperação na região. Embora desde 2015 se observasse na região uma deterioração nos níveis de bem-estar, estagnação nos avanços do desempenho educacional e leve aumento da pobreza, a pandemia de COVID-19 gerou uma crise social significativa que se prolonga pelo terceiro ano. Apesar de se esperar o fim da pandemia, a região não conseguiu avançar para uma recuperação após seus impactos sociais e retornar aos níveis de 2019 anteriores ao início da pandemia. A região continuou exposta a um instável cenário geopolítico e econômico mundial marcado por uma conjunção de crises sucessivas, em particular pela guerra na Ucrânia. Este cenário levou a uma desaceleração do crescimento econômico e a uma lenta geração de empregos, sobretudo os de qualidade, junto com fortes pressões inflacionárias que decantaram no aumento dos preços dos alimentos e da energia e quedas importantes do investimento. Assim, após a expansão de 6,5% do PIB na região em 2021, a estimativa de crescimento da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) em 2022 é de 3,2% do PIB e se projeta que em 2023 alcance somente 1,4% (CEPAL, 2022h). A elevada inflação, especialmente no componente alimentar da cesta de consumo, afeta com maior intensidade os quintis de menor renda, com impactos também nos estratos de renda média mais vulneráveis. Estes fatores somam-se a outros riscos, como o aumento na frequência de desastres e os impactos da emergência climática. Este contexto pode levar a região a um novo retrocesso em seu desenvolvimento social e a um cenário de instabilidade nos planos social, econômico e político. É, portanto, urgente consolidar políticas sociais inclusivas para proteger e garantir o bem-estar da população e o exercício de seus direitos.
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