Sistema Agroflorestal Cambona 4: um exemplo de impulso à sustentabilidade na Região Sul do Brasil
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Sistema Agroflorestal Cambona 4: um exemplo de impulso à sustentabilidade na Região Sul do Brasil
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A erva-mate é uma das principais culturas do Nordeste do Rio Grande do Sul e, até o início dos anos 2000, sua produção seguia a mesma dinâmica adotada no período colonial brasileiro. À época, o sistema produtivo era marcado por baixa produtividade e má qualidade do produto destinado à comercialização. Mesclava-se a erva nativa com uma variedade plantada e o resultado dessa mistura tinha sabor mais amargo, que não era a preferência dos consumidores. Nessas condições, a atividade gerava baixa renda para os agricultores que dependiam dela para o seu sustento. A partir de 2006, na região de Machadinho (RS), a adoção de um novo sistema produtivo mudou esse panorama. Por meio de um projeto que envolveu instituições de pesquisa, a associação de produtores locais e empresas privadas, a erva nativa foi substituída na combinação por uma variedade obtida por meio de melhoramento genético, a Cambona 4. Como resultado, a produtividade e qualidade do produto foram elevadas, sanando as principais limitações até então enfrentadas pelos agricultores. O projeto tornouse, assim, um importante vetor de geração de renda, valorizando a agricultura familiar e fixando o homem no campo. O Sistema Agroflorestal (SAF) representa, ainda, uma alternativa de reposição florestal, com grande potencial de proporcionar serviços ambientais, como, por exemplo, a conservação da biodiversidade e o sequestro de carbono. Em complemento, permitiu a proteção de cerca de 70 nascentes de água localizadas nas propriedades participantes.