Brasil e América do Sul: o desafio da inserção internacional soberana
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Brasil e América do Sul: o desafio da inserção internacional soberana
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"O artigo parte de uma hipótese sobre o movimento de longo prazo do sistema interestatal capitalista, desde sua formação na Europa, durante o slongo século XIII, até o início do século XX. Julgo possível identificar, nesta longa história do sistema mundial, quatro momentos em que ocorreu uma espécie de "explosão expansiva" no interior do próprio sistema. Nestes momentos, houve primeiro um aumento da "pressão competitiva", e depois, uma grande "explosão" que produziu um alargamento das suas fronteiras internas e externas. O aumento da "pressão competitiva" foi provocado - quase sempre - pelo expansionismo das potencias que lideram o sistema, e sempre produziu um aumento do numero e da intensidade dos conflitos, entre as suas principais unidades políticas e econômicas. E a "explosão expansiva" que se seguiu projetou o poder destas unidades mais competitivas para fora delas mesmas, ampliando simultaneamente, as fronteiras deste "universo em expansão". Do nosso ponto de vista, desde a década de 1970, está em curso mais uma destas grandes "explosões-expansões". E, desta vez, o aumento da pressão competitiva dentro do sistema mundial, foi provocado, inicialmente, pela estratégia imperial que os EUA adotaram em resposta à sua "crise de hegemonia" da década de 1970. E, depois da década de 80, esta pressão competitiva cresceu ainda mais, alimentada pela expansão vertiginosa da China, pelo aumento do número de estados independentes, e pela a globalização definitiva do sistema interestatal capitalista, depois de 1991 (FIORI, 2009)."