Emprego feminino no Brasil: mudanças institucionais e novas inserçoes no mercado de trabalho

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Emprego feminino no Brasil: mudanças institucionais e novas inserçoes no mercado de trabalho

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Os trabalhos incluídos nestes dois volumes da serie mostram os resultados da investigação desde a perspectiva da influência da empregabilidade sobre a participação da mulher no mercado de trabalho. Francisco León coordenou o estudo sobre a América Latina e Lena Lavinas o caso do Brasil que é usado para situar esta experiência nacional no quadro regional. O primero volume agrupa os trabalhos de alcance global, incluindo o impacto na distribuição da renda, e o segundo as análises das vicissitudes da participação laboral e dos setores bancário e industrial. Na primeira contribuição a este segundo volume, Alvaro Comin e Nadya Araújo Guimarães, procuram caraterizar e analisar as tendências mais gerais do mercado de trabalho brasileiro nesta última década com um olhar de gênero que permite avaliar melhor os limites de políticas de proteção ao trabalhador, especialmente àqueles mais vulneráveis às transições no mercado de trabalho, decisivas num contexto de retração dos empregos de qualidade. Os autores avaliam a adequação de uma política pública específica, o programa do seguro-desemprego, de particular interesse por ser provavelmente o de maior alcance neste terreno, tendo beneficiado cerca de 4,5 milhões de trabalhadores demitidos por ano na segunda metade da década. financeiro é para Alice Rangel Paiva Abreu e Bila Sorj uma oportunidade única para examinar uma dinâmica que aparentemente contradiz a estabilidade da tipificação sexual de cargos, ocupações e indústrias e que contribui para reduzir os níveis de segregação sexual no emprego na década de noventa. Quando se observa um considerável aumento do desemprego no setor bancário afetando ambos os sexos, o desemprego feminino tem sido menor do que o masculino, contradizendo a tendência dominante na industria. Seu objetivo foi entender os mecanismos responsáveis pelo tipo de feminização presente no mercado de trabalho bancário que apresenta tendência a uma mistura progressiva e não-segregacionista nas empresas bancárias. O estudo contribui para uma compreensão mais abrangente das complexidades envolvidas na mudança da composição sexual da força de trabalho na atualidade. Finalmente, Hildete Pereira fez um diagnóstico dos processos de crise, ajuste e reestruturação produtiva que impõem transformações, possibilidades e perspectivas para o emprego industrial feminino e provocou, entre 1989 e 1994, uma redução de 24,6% no número médio de empregados por estabelecimento industrial. Ela analisa, do ponto de vista de gênero, como se processou no interior da indústria de transformação a criação e a destruição dos postos de trabalho, quais as indústrias mais afetadas e se o desempenho no mercado de trabalho depende de melhores qualificações da mão-de-obra, dado que as novas oportunidades de emprego, num contexto de rápida difusão de novas tecnologias, têm requisitos de formação educacional e profissional que os homens não possuem

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Resumen
Os trabalhos incluídos nestes dois volumes da serie mostram os resultados da investigação desde a perspectiva da influência da empregabilidade sobre a participação da mulher no mercado de trabalho. Francisco León coordenou o estudo sobre a América Latina e Lena Lavinas o caso do Brasil que é usado para situar esta experiência nacional no quadro regional. O primero volume agrupa os trabalhos de alcance global, incluindo o impacto na distribuição da renda, e o segundo as análises das vicissitudes da participação laboral e dos setores bancário e industrial. Na primeira contribuição a este segundo volume, Alvaro Comin e Nadya Araújo Guimarães, procuram caraterizar e analisar as tendências mais gerais do mercado de trabalho brasileiro nesta última década com um olhar de gênero que permite avaliar melhor os limites de políticas de proteção ao trabalhador, especialmente àqueles mais vulneráveis às transições no mercado de trabalho, decisivas num contexto de retração dos empregos de qualidade. Os autores avaliam a adequação de uma política pública específica, o programa do seguro-desemprego, de particular interesse por ser provavelmente o de maior alcance neste terreno, tendo beneficiado cerca de 4,5 milhões de trabalhadores demitidos por ano na segunda metade da década. financeiro é para Alice Rangel Paiva Abreu e Bila Sorj uma oportunidade única para examinar uma dinâmica que aparentemente contradiz a estabilidade da tipificação sexual de cargos, ocupações e indústrias e que contribui para reduzir os níveis de segregação sexual no emprego na década de noventa. Quando se observa um considerável aumento do desemprego no setor bancário afetando ambos os sexos, o desemprego feminino tem sido menor do que o masculino, contradizendo a tendência dominante na industria. Seu objetivo foi entender os mecanismos responsáveis pelo tipo de feminização presente no mercado de trabalho bancário que apresenta tendência a uma mistura progressiva e não-segregacionista nas empresas bancárias. O estudo contribui para uma compreensão mais abrangente das complexidades envolvidas na mudança da composição sexual da força de trabalho na atualidade. Finalmente, Hildete Pereira fez um diagnóstico dos processos de crise, ajuste e reestruturação produtiva que impõem transformações, possibilidades e perspectivas para o emprego industrial feminino e provocou, entre 1989 e 1994, uma redução de 24,6% no número médio de empregados por estabelecimento industrial. Ela analisa, do ponto de vista de gênero, como se processou no interior da indústria de transformação a criação e a destruição dos postos de trabalho, quais as indústrias mais afetadas e se o desempenho no mercado de trabalho depende de melhores qualificações da mão-de-obra, dado que as novas oportunidades de emprego, num contexto de rápida difusão de novas tecnologias, têm requisitos de formação educacional e profissional que os homens não possuem
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