A região metropolitana de São Paulo: reestruturação, reespecialização e novas funcões
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A região metropolitana de São Paulo: reestruturação, reespecialização e novas funcões
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A partir do final do século XIX e até aproximadamente 1970, o município de São Paulo e a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) assumiram, de forma crescente, a posição de centro econômico e industrial do país, com forte processo de concentração das atividades industriais e econômicas nessa região. A partir de então a RMSP passou a crescer menos que outras regiões e áreas metropolitanas do país, levando a uma perda de posição relativa. A queda de participação na produção industrial foi muito maior que no PIB, indicando mudanças no papel e nas funções da RMSP como centro econômico nacional. Este fato está relacionado com a reversão do processo de polarização industrial, em função do aumento dos custos de produção e comercialização naquela localidade, conjugado com a criação de economias externas e de aglomeração em várias outras regiões e localidades além dos incentivos fiscais e tributários em outras regiões do país, o que alterou o padrão locacional da indústria. Por outro lado, as mudanças no cenário mundial, a globalização, a abertura da economia brasileira, as mudanças tecnológicas e organizacionais, as mudanças na concepção e papel do Estado vêem provocando alterações na posição e papel da RMSP e da cidade de São Paulo, tanto com relação à economia nacional quanto em relação à inserção internacional do Brasil. Nesse sentido, São Paulo perdeu importância relativa como centro industrial, mas ampliou sua posição em termos da concentração dos serviços modernos e de centro de comando do capital. O objetivo central do trabalhão é analisar o desempenho econômico da RMSP e sua posição relativa face às economias nacional e internacional. Para isso analisa inicialmente o crescimento econômico e demográfico diferenciados das principais regiões metropolitanas brasileiras, nas últimas três décadas, bem como a dinâmica diferenciada dentro das sub-regiões que compõem a própria RMSP. Em seguida, procura analisar as mudanças estruturais da economia da RMSP e do município de São Paulo e a natureza da crise e da reestruturação produtiva. Em seguida, busca analisar a posição e o papel da RMSP na Divisão Internacional e Inter-regional do Trabalho (DIT), buscando avaliar os limites da hipótese da constituição de uma Cidade-Região global pela integração urbana entre as áreas metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo em razão da distância entre elas, da deficiência do sistema de transportes e, conseqüentemente, da grande fricção espacial. Por fim, procura analisar a integração urbana e econômica entre a RMSP e, as três áreas urbano-industriais próximas e dinâmicas de Campinas, Sorocaba e São José dos Campos e a possibilidade de formação de uma Cidade-Região com força polarizadora e como centro de desenvolvimento das atividades mais intensivas em conhecimento.