Identificação de oportunidades de investimentos no setor de fármacos: lista tentativa de farmoquímicos e introdução à eleição de uma política para fitoterápicos e fitofármacos

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Identificação de oportunidades de investimentos no setor de fármacos: lista tentativa de farmoquímicos e introdução à eleição de uma política para fitoterápicos e fitofármacos

Resumen

Na década de 90, o mercado farmacêutico, até então dominado pelas grandes multinacionais, foi marcado pela entrada dos países emergentes (Índia, China, tigres asiáticos"), que criaram um ambiente favorável para a inserção de suas empresas farmoquímicas/farmacêuticas no mercado mundial. A partir deste fato, as estratégias de mercado, então pautadas no domínio de mercado e monopólio de lucro máximo, começaram a ser questionadas. Os altos investimentos nos blockbusters evidenciaram o seu caráter de alto risco para as empresas, desafiadas pela ampla introdução dos genéricos, e pela superação em vendas das estratégias "me-too" ou 'me-better" dos concorrentes, uma vez que a absorção do know-how tecnológico para capacitar a produção de cópias dos produtos inovadores, associada a uma política de P&D consistente, consolidou este trajeto. O impacto gerado nos mercados de fármacos específicos pode ser ilustrado, por exemplo, pelo omeprazol, que foi superado em vendas pelo esomeprazol (me-too) e, mais recentemente, pela retirada do mercado do VioxxÒ (Rofecoxib), até então um líder de vendas, pela Merck Inc. Já o Brasil, dissonante desta tendência, adotou na época um conjunto de políticas na contra-mão daquelas que foram implantadas nos países emergentes, fato que acabou por acarretar a ruína da sua incipiente indústria farmoquímica. Hoje, apesar do visível atraso nesta, faz-se necessário retomar as políticas de longo prazo, que venham estimular a produção de tais mercadorias essenciais. No entanto, antes de implementar novas políticas, ou mesmo recuperar velhas práticas, é necessário visualizar as oportunidades de mercado dentro da perspectiva mundial atual, incorporando seus novos paradigmas e identificando os nichos de competitividade na área. Ao mesmo tempo, as estratégias de conquista de mercado devem conviver com as necessidades de suprir as demandas sociais de um país em desenvolvimento, e a absorção de tecnologias, que contribuam efetivamente com as questões referentes à sustentabilidade e autonomia da nação. O presente trabalho objetiva contribuir com o debate sobre as bases estratégicas para o desenvolvimento da indústria farmoquímica brasileira, terminando por sugerir uma listagem de produtos com as melhores possibilidades de atrair investimentos, e também agregar uma crescente base tecnológica às empresas nacionais. São aqui apresentadas listas de fármacos candidatos à produção local em curto e em médio/longo prazo. Para tanto, foram adotados critérios metodológicos que consideraram, por um lado, as questões de "rentabilidade privada" e, por outro, as de "rentabilidade social". O primeiro termo é utilizado para significar o conjunto de fatores que indicam o poder de atrair investimento privado, dentre os quais o mais relevante vem a ser a existência de mercado."


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Resumen
Na década de 90, o mercado farmacêutico, até então dominado pelas grandes multinacionais, foi marcado pela entrada dos países emergentes (Índia, China, tigres asiáticos"), que criaram um ambiente favorável para a inserção de suas empresas farmoquímicas/farmacêuticas no mercado mundial. A partir deste fato, as estratégias de mercado, então pautadas no domínio de mercado e monopólio de lucro máximo, começaram a ser questionadas. Os altos investimentos nos blockbusters evidenciaram o seu caráter de alto risco para as empresas, desafiadas pela ampla introdução dos genéricos, e pela superação em vendas das estratégias "me-too" ou 'me-better" dos concorrentes, uma vez que a absorção do know-how tecnológico para capacitar a produção de cópias dos produtos inovadores, associada a uma política de P&D consistente, consolidou este trajeto. O impacto gerado nos mercados de fármacos específicos pode ser ilustrado, por exemplo, pelo omeprazol, que foi superado em vendas pelo esomeprazol (me-too) e, mais recentemente, pela retirada do mercado do VioxxÒ (Rofecoxib), até então um líder de vendas, pela Merck Inc. Já o Brasil, dissonante desta tendência, adotou na época um conjunto de políticas na contra-mão daquelas que foram implantadas nos países emergentes, fato que acabou por acarretar a ruína da sua incipiente indústria farmoquímica. Hoje, apesar do visível atraso nesta, faz-se necessário retomar as políticas de longo prazo, que venham estimular a produção de tais mercadorias essenciais. No entanto, antes de implementar novas políticas, ou mesmo recuperar velhas práticas, é necessário visualizar as oportunidades de mercado dentro da perspectiva mundial atual, incorporando seus novos paradigmas e identificando os nichos de competitividade na área. Ao mesmo tempo, as estratégias de conquista de mercado devem conviver com as necessidades de suprir as demandas sociais de um país em desenvolvimento, e a absorção de tecnologias, que contribuam efetivamente com as questões referentes à sustentabilidade e autonomia da nação. O presente trabalho objetiva contribuir com o debate sobre as bases estratégicas para o desenvolvimento da indústria farmoquímica brasileira, terminando por sugerir uma listagem de produtos com as melhores possibilidades de atrair investimentos, e também agregar uma crescente base tecnológica às empresas nacionais. São aqui apresentadas listas de fármacos candidatos à produção local em curto e em médio/longo prazo. Para tanto, foram adotados critérios metodológicos que consideraram, por um lado, as questões de "rentabilidade privada" e, por outro, as de "rentabilidade social". O primeiro termo é utilizado para significar o conjunto de fatores que indicam o poder de atrair investimento privado, dentre os quais o mais relevante vem a ser a existência de mercado."
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